Antes mesmo de ser publicado, o livro O Parque dos Dinossauros, de Michael Crichton, teve seus direitos adquiridos pela Universal. O estúdio viu grande potencial cinematográfico na trama ambientada num parque temático repleto de dinossauros reais, que não tarda a se transformar numa arapuca para humanos. Na direção do filme, lançado três anos após o original literário chegar às livrarias, tempo suficiente para ele se tornar um sucesso editorial, ninguém mais, ninguém menos que Steven Spielberg, diretor que soube construir uma aventura repleta de adrenalina e perigo. Para isso, ele contou com a ajuda imprescindível dos efeitos especiais criados pela Industrial Light & Magic. O êxito estrondoso nas bilheterias – arrecadou mais de 15 vezes o valor de seu orçamento – pavimentou o caminho para o desenvolvimento de outra franquia lucrativa em Hollywood. Ao longo dos anos, Jurassic Park teve derivados nos quadrinhos e nos videogames. Estampou cadernos, mochilas, camisetas e por aí vai. Nas telonas, Spielberg comandou a sequência, lançada em 1997, mas deixou a cadeira para Joe Johnston na terceira parte, cuja estreia ocorreu em 2001. Não se pode dizer que o público recebeu esses filmes com o entusiasmo anterior, embora as boas bilheterias relativizem isso. De qualquer maneira, existia certo desgaste, motivo pelo qual houve um hiato de quase 15 anos até o lançamento de Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros (2015), realização de Colin Trevorrow que ignora eventos de O Mundo Perdido: Jurassic Park (1997) e de Jurassic Park III (2001), colocando-se, assim, como uma espécie de continuação direta do primeiro longa. O US$ 1.670 bilhão da sua arrecadação garantiu o sinal verde à produção de Jurassic World: Reino Ameaçado, outro êxito de bilheteria. Jurassic Park está mais vivo que nunca e com fome.